Perda auditiva infantil: como identificar?
Se você tem filhos, netos ou convive com crianças próximas, provavelmente já se questionou se conseguiria reconhecer os sinais de algum problema ou perda auditiva, ou até mesmo qual profissional procurar tendo em vista esse cenário.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 60% da perda auditiva pode ser evitada através de medidas como imunização para prevenção da meningite e rubéola, melhoria da atenção materna e neonatal e triagem e tratamento precoce de otite média.
Reconhecer os sinais de perda auditiva em crianças nem sempre é uma tarefa fácil para os pais, professores ou responsáveis. Pensando nisso, preparamos este post com os principais sinais da perda auditiva infantil e como funciona o diagnóstico e tratamento.
Boa leitura!
Perda auditiva infantil: sinais importantes
Antes de tudo, é importante saber que, ainda segundo a OMS, cerca de 34 milhões de crianças já sofrem com a perda auditiva a nível mundial e, até 2050, esse número pode chegar a 900 milhões.
Há diferentes causas que podem levar à essa condição, como hereditariedade, otites recorrentes, uso inadequado de medicamentos e doenças como meningite, sarampo e rubéola, por exemplo.
Por esse motivo, desde cedo são realizados exames como o Teste da Orelhinha, uma triagem que tem como objetivo identificar possíveis problemas auditivos de nascença.
Quando o exame não identifica nenhum sinal de perda auditiva, os sinais podem ser percebidos através do comportamento da criança em suas diferentes fases de desenvolvimento.
A seguir, conheça alguns dos principais indícios e sintomas da perda auditiva em crianças.
Recém-nascidos
Bebês recém-nascidos com algum problema de audição costumam não reagir aos sons, mesmo em casos de barulhos altos, como uma batida forte de porta ou um cachorro latindo, por exemplo. Recém-nascidos com uma audição saudável, teriam uma reação natural de reagir com um sobressalto ou pulo.
A partir dos 6 meses de idade
Nessa fase, a criança começa a perceber sons laterais, normalmente realizados pela própria família, como por exemplo, batida de palmas ou estalar de dedos ao lado oposto do qual a criança está olhando.
A tendência natural é que a criança se vire para o lado de onde está sendo emitida essa fonte sonora.
A partir de 1 ano de idade
A partir dos seis meses de idade, a criança começa a perceber e gerar sons onomatopaicos, como por exemplo: au-au, mama e papa. Quando há a ausência desses elementos, pode ser que se trate de um caso de perda auditiva infantil.
Desatenção aos sons ou a necessidade de aumentar o volume de aparelhos sonoros, como celular ou televisão, também podem ser sintomas de perda auditiva.
Idades e estágios em que as crianças costumam aprendem a ouvir e falar
Entender melhor sobre o desenvolvimento da fala em cada idade ou fase pode ser útil. Confira a seguir algumas das diretrizes para entender melhor como vai o progresso da criança.
Do nascimento aos três meses
- Assusta com sons altos;
- Sorri quando falam com ele;
- Parece reconhecer a voz dos pais e se acalma se estiver chorando;
- Muda o comportamento de sucção em resposta ao som;
- Faz sons de murmúrio;
- Chora de maneira diferente para diferentes necessidades;
- Sorri quando vê os pais.
De quatro a seis meses
- Move os olhos na direção dos sons;
- Responde a mudanças no tom da sua voz;
- Percebe brinquedos que fazem barulho;
- Presta atenção à música;
- Os sons balbuciantes tornam-se mais semelhantes a fala;
- Vocaliza empolgação e desagrado;
- Produz sons quando deixado sozinho e quando brinca com você.
Dos sete meses ao primeiro ano
- Gosta de brincadeiras como esconde-esconde e bate-palminha;
- Vira-se para olhar na direção dos sons;
- Escuta quando fala com ele;
- Reconhece palavras para itens comuns como “xícara”, “sapato”;
- A balbuciação tem grupos longos e curtos de sons, como “opa-opa”;
- Usa som de fala ou não choroso para chamar e manter a atenção;
- Imita diferentes sons da fala;
- Fala uma ou duas palavras (tchau, papa, mama), embora não sejam claras.
De um a dois anos
- Aponta para algumas partes do corpo quando perguntado;
- Segue comandos simples e compreende perguntas simples;
- Escuta histórias simples, músicas e rimas;
- Aponta fotos de um livro quando são citadas;
- Diz mais palavras a cada mês;
- Usa perguntas de uma a duas palavras (“onde gatinho?”);
- Coloca duas palavras juntas (“mais biscoito”);
- Usa muitos sons de consoantes diferentes no início das palavras.
É importante ressaltar que mesmo crianças com a audição normal, podem alcançar esses sinais um pouco mais tarde. Caso ocorra alguma preocupação ou dúvida, converse com o profissional de saúde do seu filho.
Diagnóstico
Antes de tudo, vale ressaltar que apenas o médico pode diagnosticar e indicar qualquer tipo de tratamento para a criança. Sendo assim, uma consulta com um fonoaudiólogo de confiança faz toda a diferença e se torna imprescindível nesse processo.
Quanto antes o diagnóstico for feito, menor a possibilidade de sequelas ou agravamento do problema, além de uma boa resposta ao tratamento, oferecendo maior bem-estar e qualidade de vida à criança.
Através de exames como a audiometria é possível analisar a origem e grau da perda auditiva da criança, e dar início ao tratamento adequado.
Tratamento
O tratamento irá variar de acordo com a causa e grau da perda de audição. Graus leves a moderados, originados de processos infecciosos e inflamatórios, costumam ser tratados com o uso de medicamentos ou procedimentos cirúrgicos.
Já perdas auditivas causadas por alterações genéticas, exigem o uso de equipamentos de reabilitação auditiva, sendo eles de dois tipos:
- Aparelhos de amplificação sonora individual – recomendados para graus leves e moderados;
- Implante coclear – indicado para pacientes com deficiências severas e profundas.
Mesmo em graus mais leves, a perda auditiva infantil traz impactos à linguagem e fala da criança. No ambiente escolar, por exemplo, a dificuldade da percepção auditiva de fonemas associada à compreensão da fala em ambientes barulhentos ou ruidosos pode comprometer a aprendizagem.
Por isso, há qualquer sinal, é essencial procurar ajuda médica e assim, passar por uma avaliação audiológica.
Até aqui você viu o quanto é importante atentar-se aos sintomas e comportamento da criança e o quanto é essencial procurar um profissional qualificado para dar início ao tratamento.
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